terça-feira, 11 de maio de 2010

Dois anos...

Amanhã vai ser um dia importante. Na verdade ontem, hoje, amanhã, e todos os próximos dias da minha vida serão importantes, e se tornaram assim porque eu consegui a minha maior vitória: o nosso amor. Porque só te amar não bastava, e você me amar também não era suficiente, precisava ser o nosso amor pra tudo ser completo.
Amanhã... dois anos já que estamos juntos, e começo a me lembrar de tudo que passamos pra ficarmos unidos e mais ainda, de tudo que lutei pra te conquistar.
Não foi fácil provar que entre mil meninas que viviam na sua volta, eu era a única que realmente te amava e te queria pra sempre. Enquanto a maioria tentava mostrar pra você como eram bonitas, descoladas, divertidas, fáceis e mais acessíveis, eu apenas tentava te mostrar que eu era de verdade, e que eu te amava. Foi difícil provar não só pra você mas pra todos que eu te queria de muito, não era algo passageiro, mas amanhã, depois de comemorar 2 anos, acho que não precisamos provar pra ninguém que nos amamos, o tempo está dizendo.
Tive muitas barreiras, mas tive alguns aliados nessa luta que foi, mas tudo, tudo valeu a pena, cada pessoa que desperdicei por saber que não era o amor da minha vida, cada lágrima que chorei querendo ter você pra mim, cada noite sem dormir pensando em quando eu poderia dormir e acordar olhando pra você. Valeu a pena, cada perdão que eu te dei quando você fez alguma burrada, cada chance que você me deu de te mostrar um mundo mais lindo.
Não vou conseguir imaginar um dia da minha vida sem você, enquanto há pessoas fazendo planos sozinhas pras suas vidas, eu apenas quero ser parte do seu plano de vida, não importa o que você escolher, eu quero estar lá, sempre te apoiando. Mesmo que algumas vezes eu tenha que perder um pouco de mim, mas é melhor do que perder você.
Sei que no momento estamos longe um do outro, mas jamais vamos esquecer do nosso compromisso, e de tudo que fizemos e prometemos um ao outro, até mesmo porque não existe mais nem eu, nem você, existe apenas NÓS.
Parabéns pra nós meu amor!

[Texto inspirados nos dois anos de namoro da minha mana Brenda, parabéns! Fico feliz em lembrar do dia que bati na porta dele pra dizer que eu tinha uma irmã linda e que só precisava de outra chance, te amo demais e mais uma vez, parabéns ao futuro casamento!]

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meus dois amores

Volto pros meus dois amores.
Lá volto eu com meu sorrisinho bobo no canto da boca, volto a fazer meus planos, mas agora é diferente, eu voltei pra minha superdependência dele, e começo a fazer todas as besteiras de novo, começo a deixar tudo meio que de lado, pra você ficar em cima, saco, não era pra ser assim. Até tento, me arumo ao máximo, saio perfeita, saio de carro com meu novo amigo, danço com meus atuais amigos, mas ai começo a me coçar, to muito longe, então bebo, fumo, fumo bebo, danço, fico bêbada por fim. Mas nem tô, vida nova!
Meu pé ta doendo nesse salto absurdo, me sento. Mas de repente chega você diz que vai embora, me chama com aquele jeitinho de quem gosta de mim, pra ir junto, dormir com você, e eu vou, sabendo o fim da história. Ai esqueço as brigas, o tempo que ficamos longe, mesmo bêbada sei que estou esquecendo de tudo que sofri, de tudo que me prometi, mas ta, ainda fica um rancor no cantinho das costas, mas ai a gente dorme junto demais, e você me abraça, e diz bem perto desse cantinho das costas que estava com saudade de dormir comigo. Pronto, lá se vai o restinho de orgulho que eu guardava só pra você.
Volto pros meus dois amores.
Estou eu na minha considerável fase merda, e vem você, me dá um sinal de que ainda pensa em mim, nem fico braba, fico aliviada, ao menos eu ainda sou correspondida, sei que foi por muita coisa que nos afastamos, mas na hora de conversar, nem lembramos direito, não consigo lembrar, o amor é o melhor sonífero, meu cérebro dorme nessas horas. A gente conversa, e tira conclusões e conclui no final das contas, que não chegamos a lugar nenhum, mas dá vontade de bater na porta e olhar assim ao vivo, mas é procurar demais eu acho. Mas de que adianta eu não procurar, se nos menores detalhes, ou no casos mais improváveis eu te encontro? Que vontade de abraçar e dizer pra não sair mais de perto de mim, mas que vontade de apertar, de parar com essas conversinhas tolas de quem quer dizer bem mais, quer saber bem mais, mas tava vamos brincar de eu confesso, e quem sabe numa dessas eu confesse desesperadamente que eu estou desesperada, que eu me acostumei a ficar longe dos meus dois amores, só porque eu tenho nojo dessas coisas amor, mas quando eu escuto apenas um sinal de que os meus amores não me esqueceram, eu emburreco totalmente. Não é fingimento, eu realmente esqueço de tudo, 'ah eu prometi mesmo que não ia mais procurar?', 'Sério que eu falei que não queria mais isso pra mim', é... e ainda tem gente que escuta o que pessoas que amam falam, nunca existe sentido nas coisas que estas falam, e no que fazem.
Suelen e Roger.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ressaca moral

Eu quis não respirar, talvez quisesse mas a vontade de gritar era tanta que o ar não entrava e mal saía dos meus pulmões. Mas que droga, uma parte do mundo diz que nunca vai estar tudo bem na vida, então eu tentei respirar mais um pouquinho. Vai ver as pessoas tem razão. Mas tava ficando cada vez mais difícil, mas ai outra parte do mundo disse que a vida é isso ai mesmo, uma hora se perde, outra se ganha, então forcei tudo que deu, mas já não dava mais, eu to cansada, muito cansada de tudo isso me prendendo, dessa coisinha inútil chamada dia-a-dia, eu rezo todo noite, para que cada dia passe cada vez mais rápido, eu dou graças a Deus quando me deito, porque sei que consegui sobreviver a mais um dia, mas isso não está sendo o suficiente, não está me sustentando.
Hoje tirei o dia pra sumir quase que totalmente. Perto do horário do almoço foi me dando aquela tão conhecida de dor de cabeça, senti que era o dia de eu me encolher e ficar pequenininha, debaixo de um cobertor gigante, mas é que eu não sou mais tão pequenininha, então fui a luta fazer as coisas da minha rotina, e uma a uma foi caindo por terra, tudo dando errado. Era um dia daqueles que dá vontade de dar um basta em tudo, em dizer que não quero mais compromisso com o meu namoro, com minha faculdade, meus amigos, minhas contas, quero todos bem longes de mim, porque nenhum deles anda me fazendo bem, são pra mim apenas um somatório de cobranças e exigências que eu ando saturada, porque nada anda pra frente, pelo contrário, me puxam cada vez mais pra baixo daquele cobertor gigante.
Não quis muita coisa hoje, aliás não quero muita coisa todo dia, só pedi pelo meu cantinho, um alguém me dando um leite quente com mel (e eu nem gosto muito de leite), só porque isso me parece um gesto tão carinhoso, tão compreensível. Mas depois eu quis coisa demais, quis dizer pra aquelas pessoas que falam que um dia se perde e outro se ganha, que eu ando perdendo todo dia, e cada dia mais, que eu não ando ganhando nada.
Depois liguei pra minha vó, só porque isso me faz sentir no colo dela, talvez porque ela foi a única que sempre me deu colo apesar da idade, chorei e continuo chorando por angústia de uma vida sem sentido, que não toma rumo, mas agradeci, isso ao menos me motiva a escrever, me faz sentir meio Tati Bernardi, querendo falar as coisas que muitos pensam, mas ninguém diz ou escreve, só porque não é poético, não é coeso. Que se dane tudo isso. Escrevi mesmo assim, mesmo querendo falar tudo, mesmo sabendo que um texto nunca pode fugir do seu tema, mas o tema é meu, eu sou o tema, e fujo pra onde eu quiser, exceto de mim mesma, isso ainda não consigo.
Por fim, talvez o que me alegraria hoje, era um eu te amo, mesmo que confuso, não muito certo desse amor de qualquer pessoa menos provável, talvez alguém perguntar sobre o meu dia, mesmo que com desinteresse. Só por hoje eu fugi bem pra longe, pra ver quem corria atrás de mim, mas olhei pra trás e não vi nada mais do que o espelho do meu quarto.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Maniosas

E depois que pensamentos individualistas passam pela minha cabeça, fico pensando no que eu quero e no que eu tenho, claro que conheço muito bem aquele ditado do 'nem sempre temos o que queremos', mas que saco iso também. Fico me analisando, e vendo tanta coisa que eu queria mudar em mim mesma e não consigo, enfim, nada deu muito certo em mim. A começar pelas unhas dos meu pés, que por conspiração da natureza resolvem sempre me encomodar nos cantos, apertando qualquer calçado que eu uso. Meu pé em si já é uma conspiração. Pé estranho, um dedo maior que o outro desproporcionalmente, nem parece pé de menina. Mas eu me esforço, pinto as unhas de vermelho, tatuo um lacinho, e pronto! Até que parece um pé de menina.
Mas essa mania de querer viver incessantemente? Que coisa incômoda, é um querer correr pelo mundo a fora, não querer parar em casa, e provar da vida apenas a noite, porque as manhãs são apenas um momento pra descansar, mas a noite sim, essa pra mim poderia ser sempre o começo do dia. Mas isso não dá pra mudar, posso tentar melhorar a feiura do meu pé, mas não posso melhorar ao meu gosto o sistema da vida.
É tanta mania que eu até me deprimo, tanta gente como manias tão brandas e eu tinha logo que nascer assim.
Esse meu jeito de querer a verdade, nada mais que a verdade, não é senso de sinceridade, é mania de perfeição, e vou por ai forçando tanto a verdade dos outros que acabo mentindo pra mim mesma, achando que a perfeição pode existir. Mas no fim o que resiste é apenas minha frustração, de não ser perfeita, mas de ao menos ser verdadeira.
O cabelo eu forço pra acertar, não é liso, não é crespo, não é cacheado, que porra de cabelo é então? Cabelo de gente errada. Cabelo que se passa a chapinha espiga, se não passa encolhe.
Mas de todas as coisas que sairam errada em mim, o que mais incomoda é coração, que nunca aprende a amar, que nunca se contenta e mal se sustenta. É uma mania de querer estar sempre se apaixonando, mesmo que pela mesma pessoa, mesma coisa, ou não, e quando isso não acontece, já se frustra, já se zanga, coração errado. Ainda acabo com o coração de alguém de tanto querer acabar com o meu. Na verdade, eu ultimamente tenho acabado com o meu coração, de tanto me doar pros outros. Essa é mania que eu nunca perco. Mas o que me conforta é que sei que pelo mundo existem outras Camila's como eu, se doando demais, pertubadas com tudo a sua volta, todas umas maniosas.

domingo, 14 de março de 2010

Meu momento

Começou uma nova era para o 'meu eu escritora'. Escrever sobre amor e sobre amizades agora já não me é mais satisfatório, não me basta mais. Não porque nem os amigos ou amores estão em constante mudança, nem porque o texto que escrevi ontem para um amigo não vale mais hoje, ou talvez porque o amigo não valha mais. Mas quero escrever sobre as pessoas, sobre relações que vão além da pureza do amor, ou da verdadeira amizade. Quero escrever sobre o que pouco consigo entender, não porque me ajuda a esclarecer, mas porque as coisas que eu menos entendo são as que mais vivencio.
Não me diverte mais escrever para dar indireta sobre as atitudes das pessoas. É pouco. Porque eu quero entender coisas que vão além disso.
Pra isso o primeiro passo foi me afastar. Me afastar de tudo e de todos que me confundem, me voltei pra mim mesma, fiz as pazes com Deus e nem acredito que às vezes, do nada me pego rezando, agradecendo. Nem acredito que não me pego querendo desistir das coisas, ou procurando nos próximos respostas do que fazer da minha vida. Porque eles nunca sabem dar resposta, além das erradas.
Fiz uma limpa na minha vida pessoal. Descartei pessoas que sei que cedo ou tarde vão me decepcionar. Deixei guardada palavras às pessoas que sei que descartadas ou não, merecem ouvi-las. Recolhi da chuva pessoas que deixei ali em meio a tempestade, que conheço há anos, que me divertem, e que eu deixei de lado por ter entrado num mundo que se chama 'Gay' e pelo nome deveria realmente significar alegre, feliz. E mais ainda, deixo as portas da minha vida totalmente abertas para as pessoas que nunca tive muita admiração,mas que no momento que tiveram oportunidade de me criticar não fizeram isso. E passo a admirá-las agora, porque não sei se teria maturidade de fazer o mesmo.
Agora penso que o mais gratificante da vida é ser feliz de verdade. Não é colocar numa página de relacionamento da internet fotos em festas cheias, quando você na verdade se sente vazio, muito menos ir a todas a festas, tirar fotos com pessoas vazias, só pelo fato que isso pareça ser cheio. Sempre amei ir a festas, e meses atrás estava numa fase assim, solteira convicta por opção, bebendo diariamente, em festas cheias. E na verdade eu era vazia. Estou numa vidinha como se diz no mundo gay 'tombada'. Porque uma pessoa que não ta sempre rebolando pra todos, ficando com todo mundo, fingindo ser feliz e o mais sincero, que não está sempre procurando o namorado dos outros, esperando a chance de desfazer uma relação, que não escuta o rebolation- tion do momento, que namora e se exclui, que não cheira momentos de falsa alegria, que não bebe a desgraça alheia, que não fuma a ideia dos outros, que trabalha e estuda, que se preocupa mais com o seu futuro com que o seu presente é uma pessoa 'tombada'. É, eu tombei, e to adorando essa fase de tombação, porque é tranquila e madura.
Tenho o prazer de dizer que sou complatemente apaixonada pelos pais que Deus me deu, e sei que eles são completamente apaixonados por mim, apesar dos meus erros e escolhas, sei também que agora é o momento que mais vou precisar deles, e sei que eles vão estar comigo em todas as minhas dificuldades, porque eu quero que meus pais sejam diferentes comigo, mas eu tenho que ser diferente com eles também. Não me cabe mais as pessoas de festas e curtidas como meus melhores amigos. Quero meus pais, quero meu irmão. E sei que vai me bastar. Digo isso porque muitas vezes que eu fui chorar escondida no banheiro, ou na cama, meu irmão estava lá perguntando insistentemente o que aconteceu, até eu contar, me dava um abraço e dizia que me amava, até hoje ele faz isso. E quando eu fico diferente, pra baixo sem comer, é minha mãe que fica furiosa querendo saber o motivo, que eu nunca conto, porque é mãe e não melhor amiga. E quando eu tenho vontade de dar um rumo diferente seja no trabalho, ou na faculdade, é meu pai que vem me dar conselhos, e dizer o certo, que me apóia e diz pra eu não desistir. E quando eu não desisto, é nele que eu penso, e quando eu desanimo é na minha mãe que eu penso, e quando eu quero ouvir um eu te amo verdadeiro é no meu irmão que encontro. São de 11 a 20 anos de amizade, acho que esses amigos devem bastar.
Estou numa tranquilidade infinita e absoluta, sei que é apenas um estado de espírito, mas sei que não vou me esquecer desse momento. E estou curtindo porque finalmente depois de dois anos, eu escolho uma situação, e não ela que me escolhe, bem é o que eu acho.
Agora sinto que estou fazendo um novo caminho, sem pisar em ninguém, e quero me lembrar disso em cada passo que eu der, e quando eu tiver alguma barreira, que eu não me esqueça disso. É FASE NOVA! Novas atitudes me aguardam, e os que a merecem, que as esperem também.
Isso é tudo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Feliz Aniversário!

Hoje é seu aniversário, achei que merecia um texto meu. Não sei o que te dizer, até porque quando nós desejamos 'feliz ainversário' a alguém, é sempre algo básico e bobo. Algo que todo mundo vai dizer, e eu quero ser só mais um, quero passar despercebido. Só pra não dizer que eu não esqueci.
Hoje é seu aniversário. Hoje tô naqueles dias, aqueles péssimos dias que toda mulher passa, mas você sempre entendeu. Afinal...Mas enfim, o que eu gostaria de desejar, não era um feliz aniversário, ou um 'tudo de bom'. Quero que você seja feliz, sem pensar em mim, que consiga esquecer o que um dia eu fui pra você. Quero um dia poder te olhar na rua, e te ver com aquela cara de 'te vejo e não sinto nada', cara cujo todo mundo já fez um dia. Ou fingiu que fazia.

Quero que realmente todo os seus planos dêem certo. Exceto aquela parte em que você dizia que eu estaria junto. E eu me sinto bem desejando coisas boas a alguém com quem já namorei. Mas poxa, é seu aniversário, mesmo que eu quisesse não poderia desejar coisas ruins, seria muita crueldade.
Acho que é quase tudo que eu te desejo.
Coisas boas e puras. Meus antônimos.
Feliz aniversário, você merece um presente melhor do que eu.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desculpa

Eu sei que seria difícil pra você entender, assim como é custoso para eu te explicar, ao passo que tento escrever me distraio com outras coisas ao meu redor,porque até pra escrever (sabendo que existe a probabilidade de você não ler, ou achar que não é pra você),me dói.
Eu simplismente não consigo te amar, não consigo passar mais que algumas horas ao seu lado, e é só isso que eu posso te oferecer, nada mais que isso. E sei também que você consegue perceber, e quando te ofereço minhas poucas horas, você aproveita para fazer mil planos, de vida, de futuro, pro final de semana, pro feriado, como se eu fosse realmente estar presente nisso tudo, como se eu fosse um ator já confirmado pra esse filme. Só que eu não consigo fazer par romântico com você, não gosto de suas falas nem de seu roteiro.
E você não é má pessoa, nunca tive vontade de escrever nenhum texto pra você, porque nunca me deu motivo. E me encomoda o jeito como me ama. É como se eu pudesse fazer a pior coisa, e ainda sim me amaria. Porque você se esforça pra compreender minhas atitudes incompreensíveis. Então, na verdade, me encomodam duas coisas: o jeito que você me ama, e nenhuma outra pessoa me amar desse jeito. E eu sei que pareço contraditória em não gostar do jeito que você me ama, e querer que alguém me ame assim. Mas é isso mesmo o que eu quero, quero alguém que perdoe por minhas burradas, que ria das minhas piadas mais sem graça, que sonhe comigo, que faça planos me incluindo,que sempre quando tem alguém pra falar, é no meu nome que pensa. Quero tudo isso,mas não quero que você venha junto, e eu não sei te explicar o porque. Quem não ia querer alguém como você, e fazendo o que você faz por mim,a não ser eu mesma? Sei que me arrependi de muita coisa que já te fiz, mas eu não me arrependo de ter te deixado, apenas da forma como eu te deixei.
E é por isso que muitas vezes eu sumo, e é por isso que muitas vezes te chateio de propóstio, pra ver se você desiste, se passa a me amar um pouquinho menos, mas você ta sempre ai, pronta a me esperar, tirando esperança de palavras que não digo, conforto de beijos que não te dou. E você me envolve de uma certa forma que às vezes até penso em ficar do seu lado,mas ai as horas vão passando...
Quando você diz que me ama, eu finjo não escutar, quando você solta aquele 'eu te amo ta?', às vezes chego ao cúmulo de dizer 'ta bom'. Ou tem os momentos que digo 'também', só pra me livrar desse assunto. E quem nunca disse um eu te amo sem amar? E mesmo que eu dissesse que não te amo,não mudaria o seu sentimento, mas faria eu me sentir muito mal. Porque eu sou sincera, mas certas horas,quando preciso dessa sinceridade toda, ela some, e o coração, a compaixão falam bem mais alto.
Vou confessar que nunca me enforcei pra te amar, talvez porque sua presença me incomoda, mas a sua ausência me entristece,porque não coloca ninguém que me ame assim, no seu lugar. Talvez um dia você seja tão grande, e eu tão pequena que não possa me enxergar. E destraidamente você vai pisar em mim. Assim, como destraidamente eu pisei em você.
Desculpa.

Você não está aqui.

Nada sobre você. Não que eu não saiba nada, ou que eu não tenha histórias pra contar das sua existência, mas eu não vou escrever uma linha se quer sobre você. Porque você não escreve uma linha sobre mim, e não há desculpas, sabe escrever. Tem oportunidade, mas não sei por quais motivos evita.
Quando alguém lhe pergunta como vai seu coração, não querem ouvir um 'vai bem', querem ouvir coisas bonitas de gente apaixonada, contando aquelas piadinhas que só a pessoa pela qual se está apaixonada entenderia. Mas nem uma palavra. Isso quando não apela àqueles discursinhos de falsa-superação-ensaiada: 'Eu superei... sigo em frente...' Por favor...
Mas eu não vou escrever nem uma linhazinha, eu escrevo coisas de coragem, pra pessoas de coragem, assim como eu, é, eu me descobri corajosa! Vejam só! Enquanto você e outra parte do mundo semelhante a você preferem usar o 'talvez', o 'vamos ver' e o 'quem sabe', eu uso sem medo o 'eu quero', 'eu vou', 'eu amo'. E se eu quebrar a cara? 'Eu conserto'. Porque eu não tenho medo mesmo de falar o que estou sentindo, de citar o nome de quem estou amando, de ter que tatuar o nome, ou algo do tipo, porque eu sei que nada é eterno, nem mesmo a memória, e eu não tenho medo disso. Eu vivo, não como se eu fosse morrer amanhã, nem como se eu fosse viver pra sempre. Mas eu vivo. Eu escrevo, eu penso e eu exponho. Isso pra mim é viver.
Às vezes me divirto com o relacionamento de pessoas que não passam dos três meses, e dizem a todos que vai dar certo, que encontraram o amor de suas vidas, que vão casar, morar junto... Me divirto achando patético. Mas sei lá, agora penso que é bonito, é incrível ver que alguém entregar assim, assumindo pra todo mundo. E eu acho que descobri porque romances assim acabam tão rápidos. Porque as pessoas vivem intensamente o amor. Como se ele fosse acabar amanhã, como se ele fosse durar pra sempre. Mas amam.
Os romances que duram pra sempre são aqueles como os dos nossos pais, ninguém vê eles gritando pro mundo inteiro que amam, fazendo estripulias, tatuando o nome da sua mãe no braço ou nas costas. Não. Eles reservam o sentimento, e o expõe apenas quando necessário. Talvez num chá na casa da tia solteirona, quando for perguntado o segredo pra tantos anos de união, eles respondam com algo amável, e assim você vai descobrir que existe amor dentro daquilo tudo. Mas eu não sei se quero isso, na verdade eu sei que não quero, mas também não quero mudar de amor o tempo todo. Eu quero canção, quero declaração. Mas isso não te vejo fazer, então acho que talvez duraremos para sempre.
Mas eu me prometi que não escrevo uma linha sobre você. Não vou pensar mais em você. Nem quando perguntarem as minhas metas, meus planos, meus amores, minhas admirações, minhas decepções. Vai procurar e não vai se achar por lá. Porque é isso que você gosta de fazer, se procurar nas minhas palavras, às vezes se magoa com palavras minhas que nem eram pra te magoar, porque você se vê em tudo que eu faço. E realmente está na maioria, mas agora eu já não quero mais isso.
Eu conheço tantas pessoas que não conseguem manter um relacionamento, porque sufocam o parceiro, tirando dele qualquer pingo de amor que exista, se enfurecem com os mesmos por eles não fazerem isso com elas. E no final se frustram. Mas eu já não quero mais nenhuma gota do seu amor, não to com sede disso.
E assim quando se passarem os anos, eu vou sair disso tudo. Vão me perguntar se eu to triste, se não me arrependo. Eu vou dizer que não foi um tempo jogado fora. Pois eu aprendi, e eu escrevo mais quando estou nessas situações. E quando elas acabam eu escrevo mais ainda, porque texto de gente frustrada rende muito mais. E ai quem sabe eu escreva algumas linhas sobre você...

O que muitas vezes me aborrece, na maioria das vezes me enobrece. Mas o que muitas vezes me intriga só o tempo explica. E desse tempo que me resta, que espero, pra desfazer minhas confusões, às vezes me dão de presente decepções, mas sem deixar de enobrecer a minha cabeça, meus pensamentos. Mas eu queria que isso tudo, que toda essa confusão, todo esse aprendizado doesse menos. Será que a gente tem mesmo que sentir aquele amarguinho na boca, aquele incômodo na alma pra ser aprendizado?
Eu to aprendendo a escrever, não pra ganhar dinheiro, mas pra falar sem ter que soltar sons, fazer caras, e ainda sim conseguir transpassar o que eu to sentindo, porque eu quero ser aquele inseto que incomoda, que você tenta afastar pra não matar, mas ainda sim ele insiste.
Eu vou ser isso, eu já sou isso.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vida de azar. (Se estiver deprimido, não leia!)

E não vai ser fácil... mas tudo bem, nada foi fácil nessa vida pra mim. Credo, como que queria dizer que tudo foi uma moleza, que a sorte grudou em mim, e nunca mais soltou, mas seria um texto de dar raiva em qualquer azarado. E pessoas assim, nesse estado, procuram depoimentos do tipo "ei, pra mim também ta uma merda'...
Dá uma vontade de desistir, porque um azarado que se preste, não pode ser azarado em uma coisa só. Ele tem que ter azar em tudo. E é isso que mais entristece essa classe do proletariado. Vem a Mariazinha e diz que ta mal do coração, quer amor novo. O João diz que ta mal de grana, precisa de empréstimo. O Joaquim diz que ta com dor nas costas, precisa de médico. O Mário... que Mário?? AH! É aquele mesmo. Ele também ta no nosso time, e não come mais ninguém atrás do armário, até pra ele ta difícil a coisa...
Mas ta, não é só isso que anda aborrecendo a nossa classe, porque esse pessoal com depoimentos prontos com músicas 'não diga que a vitória está perdida, tenha fé em Deus, tenha fé na vida..."anda infernizando. Poxa eu não sou azarado porque gosto, mas é que isso é uma doença que não achei cura, que saco. E nem venha meter Deus nessa conversa, porque se ele fez tudo e todo mundo, o azarado deve fazer parte dos bobos da corte de Deus. Porque até que tem graça ser assim.
Ser azarado é como correr e bater repetidas vezes na vitrine de uma loja, com aquele vidro transparente,. tão limpo, que nem parece existir, e ai ao invés de nunca bater com o rosto ali, como acontece com o sortudo, o 'desprovido de sorte' insiste em ficar se martelando.
Mas nesse mundo doido, nós ainda levamos vantagens.

1° Nunca procuramos um amor, não vamos achar mesmo e se acharmos, sabemos bem como vai terminar.
2° Não perdemos tempo nem dinheiro jogando na loteria, somos sensatos o bastantes para saber que não vamos ganhar em hipótese alguma.
3° Nunca, mas nunca mesmo, comemoramos alguma vitória, sabemos bem que depois dela vem uma onda de derrotas.
4° Não nos decepcionamos, nosso lema é "Eu sabia... tava muito bom para...'', quem não sabe o final dessa frase.
5° Não investimos, porque não temos, não confiamos porque não podemos.

Poderia dar um milhão de motivos que nos fazem superar a vida melhor do que aqueles que acreditam que sorte existe. Mas seria perda de tempo escrevendo um texto negativo, quando todos procuram algo positivo pra conformação da vida. Algo que diga que a sorte vai chegar...
Eu não acredito em sorte e azar. Acredito e esforço e azar. Experimenta não se esforçar pra vê se a sorte vem correndo. Enfim... ah sei lá, acho mais digno admitir que consegui por esforço e perseverança do que dizer "Ai foi sorte, graças a Deus".
Sou azarado, mas não insensato.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Quem perde tudo, perde o medo.

Eu perdi o amor da minha vida. Perdi meus melhores amigos. Meu emprego. Minha faculdade. Minha terra. Minha crença. Perdi tudo que eu considerava importante e único pra mim.
Mas eu tive que ser forte, e não é facil ser forte quando a vontade que se tem é de dormir o dia inteiro, de não sair de casa e ver que não existe mais os pontos turísticos que eu tanto amava. Mas eu sobrevivi a tudo isso.
Comecei do zero mesmo, consegui tudo de volta, não da mesma forma, ou melhor do que era antes, mas tenho tudo. O amor, os amigos, o emprego e a faculdade. Construí uma vida. Embora esta vida seja patética, morna e entendiante.
Quando eu tento me libertar dessa vida que tive de construir, quando bebo pra esquecer a rotina que se arrasta, quando me divirto de verdade, não me importando com o que vou pensar, todos ao redor se apavoram.
Perguntam se eu não tenho medo de perder um amor por curtições, os amigos pela minha franqueza, o emprego por atrasos, a família por desatenção. Ora, francamente. Depois de perder tudo e conquistar novamente, vocês acham mesmo que eu tenho medo? Esse sentimento ai, foi algo que perdi, mas nunca mais conquistei.

Eu superei

Às vezes pedimos pra encontrar o homem da nossa vida e só damos por conta que já lhe encontramos, quando este não é mais nosso.
Com você foi assim, eu só entendi o quanto eras importante pra mim, quando vi você se fazer importante pra outra mulher.
Não é fácil admitir, mas acho que ainda te amo, e eu me odeio muito por isso. Você nem de longe parecia um príncipe encantado, não era dono de nada, a não ser alguns cd's de músicas ruins, não era culto, não era nada, mas ainda hoje penso que você era tudo pra mim.
Também não pense que eu passo os dias a chorar ou que parei meu mundo pra saudar o passado. Não. Apenas toda vez que eu me apaixono, sinto aquelas gotinhas de felicidade, logo penso 'uau! Acho que enfim me libertei dele'. Mas é ledo engano.
Ninguém vai ser pra mim o que você era. Não sinto falta do seu beijo, do seu perfume, do seu corpo. Sinto falta da sua paciência, da sua mania de analisar todas as minhas frases e nunca jogar as contraditórias na minha cara. Sinto falta do seu jeito de fazer tudo da melhor forma, de nunca me dar às costas, de se ajoelhar no meio da rua, enquecendo o orgulho, só porque fez algo errado e morre de medo de me perder.
Você nem imaginava sua vida sem mim. E eu não consegui mais entender a vida sem você. Não posso negar que por um bom tempo você foi maravilhoso.
Realmente não sei o que fez a gente se separar, a distância, erros meus ou erros seus. Porque não posso acreditar que foi por minha exclusiva culpa.
Mas eu juro que já superei tudo isso, hoje nem procuro motivos, nem procuro você. Meu único problema é que depois de você, nunca mais nenhum infeliz fez o que você fazia por mim. E é nessa hora, quando espero atitudes como as suas, que penso que talvez eu já tenha perdido o homem da minha vida.
Meu príncipe encantado apareceu e eu sumi, mesmo você não sendo tão encantado assim, mesmo você tendo sumido porque você achou melhor assim.
Só eu sei toda a história, nínguém mais, nem mesmo você que fez parte dela. Mas eu já disse que superei tudo isso. O que eu não supero é essa dificuldade que as pessoas tem de fazer o que você fazia.
E no final, quem saiu ganhando, foi você. Você era apenas um menino defeituoso e preguiçoso e eu te transformei num homem. Eu era uma menina mimada e teimosa, e você me transformou em... Nada. Você não mudou nada em mim. Apenas me fez acreditar que eu era perfeita nessa imperfeição que sou, e hoje ninguém me atura.
Você também superou, que não quer um homem como você hoje?
Eu.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Você não está certa. Mesmo tendo certeza.

Pior que a incerteza do talvez, a desilusão do quase, é a certeza de um sentimento. Não tem nada pior do que ter certeza, porque ela é real e certeira, não existe uma quase certeza, uma incerta certeza, não existem opções ou escapatórias.
E isso é o que mais incomoda, pois se você talvez ama alguém, e não é correspondido, ainda tem a chance de não sofrer, afinal você não tem certeza do sentimento.
Se você quase ama alguém,é mais fácil ainda, ou você se dedica a amar a pessoa ou não,a escolha e sua e as consequências também.
Mas pior é a certeza de amar alguém. Porque se você não for correspondido, não tem pra onde fugir, nem como deixar de amá-la. Se tem uma chance de conquistar, você luta, faz o que pode e o que não pode, mas a escolha de ser correspondido não é sua. É triste e lamentável saber que muitos relacionamentos acabam pelo excesso de certeza.
Certeza de que não quer mais, certeza de que foi traído, certeza de que não é amado o suficiente, certeza de que vai ser deixado, ah, é tanta certeza...
Às vezes fico me perguntando, por que as pessoas tem tanta necessidade de buscar a exatidão? Ao invés de deixá-la fluir, o tempo mostra o que será pra sempre e o que não será.
E também não adianta você insistir em algo, mesmo você tendo certeza, pois quando se trata de relação a dois, vale lembrar que não resolve só você ter certeza de algo, precisa usar o censo comum às duas pessoas.
AH! E também ter certeza de algo,não significa estar propriamente certo. ;)