segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meus dois amores

Volto pros meus dois amores.
Lá volto eu com meu sorrisinho bobo no canto da boca, volto a fazer meus planos, mas agora é diferente, eu voltei pra minha superdependência dele, e começo a fazer todas as besteiras de novo, começo a deixar tudo meio que de lado, pra você ficar em cima, saco, não era pra ser assim. Até tento, me arumo ao máximo, saio perfeita, saio de carro com meu novo amigo, danço com meus atuais amigos, mas ai começo a me coçar, to muito longe, então bebo, fumo, fumo bebo, danço, fico bêbada por fim. Mas nem tô, vida nova!
Meu pé ta doendo nesse salto absurdo, me sento. Mas de repente chega você diz que vai embora, me chama com aquele jeitinho de quem gosta de mim, pra ir junto, dormir com você, e eu vou, sabendo o fim da história. Ai esqueço as brigas, o tempo que ficamos longe, mesmo bêbada sei que estou esquecendo de tudo que sofri, de tudo que me prometi, mas ta, ainda fica um rancor no cantinho das costas, mas ai a gente dorme junto demais, e você me abraça, e diz bem perto desse cantinho das costas que estava com saudade de dormir comigo. Pronto, lá se vai o restinho de orgulho que eu guardava só pra você.
Volto pros meus dois amores.
Estou eu na minha considerável fase merda, e vem você, me dá um sinal de que ainda pensa em mim, nem fico braba, fico aliviada, ao menos eu ainda sou correspondida, sei que foi por muita coisa que nos afastamos, mas na hora de conversar, nem lembramos direito, não consigo lembrar, o amor é o melhor sonífero, meu cérebro dorme nessas horas. A gente conversa, e tira conclusões e conclui no final das contas, que não chegamos a lugar nenhum, mas dá vontade de bater na porta e olhar assim ao vivo, mas é procurar demais eu acho. Mas de que adianta eu não procurar, se nos menores detalhes, ou no casos mais improváveis eu te encontro? Que vontade de abraçar e dizer pra não sair mais de perto de mim, mas que vontade de apertar, de parar com essas conversinhas tolas de quem quer dizer bem mais, quer saber bem mais, mas tava vamos brincar de eu confesso, e quem sabe numa dessas eu confesse desesperadamente que eu estou desesperada, que eu me acostumei a ficar longe dos meus dois amores, só porque eu tenho nojo dessas coisas amor, mas quando eu escuto apenas um sinal de que os meus amores não me esqueceram, eu emburreco totalmente. Não é fingimento, eu realmente esqueço de tudo, 'ah eu prometi mesmo que não ia mais procurar?', 'Sério que eu falei que não queria mais isso pra mim', é... e ainda tem gente que escuta o que pessoas que amam falam, nunca existe sentido nas coisas que estas falam, e no que fazem.
Suelen e Roger.

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